sexta-feira, 15 de junho de 2012

Entrevista com Hélder Aparício (professor no CRIA)

Em que instituição desenvolve a sua atividade? 
H.A.: Desenvolvo a minha atividade no Centro de Recuperação e Integração de Abrantes (C.R.I.A), situado na zona industrial de Alferrarede.

Quais são os principais objetivos do C.R.I.A? 
H.A.: Promover o bem estar à população existente. O bem estar social, físico e psicológico. Promover uma melhor qualidade de vida.
  
Que tipo de iniciativas leva a cabo essa instituição? 
H.A.: O centro de recuperação, tem 3 áreas e dessas áreas surgem novas sub-áreas. As mais importantes são a área educacional, que tem crianças entre os 8 e os 19 anos e se divide em mais 2 áreas, a formação profissional e as atividades ocupacionais, chamadas de CAO ( centro de atividades ocupacionais ). Estas duas áreas são importantes, porque as crianças, quando chegam aos 19 anos, precisam de ser integradas, e têm de ser integradas numa área de formação profissional. Neste ramo temos também diversas áreas, a cozinha, a pastelaria, a horta, a parte dos metais, a carpintaria, etc... A parte das atividades ocupacionais é para crianças que não têm capacidade para frequentar uma formação profissional ou que são menos autónomas e ficam num centro onde irão ter diversas áreas, mas não vai derivar daí uma atividade profissional, mas sim a ocupação dos seus tempos livres. O C.R.I.A, desenvolveu também outros projetos como a intervenção precoce, o RSI ( rendimento social de inserção ), para ajudar as famílias mais necessitadas e que necessitam de apoio... Isto tudo de uma forma geral.
  
Há quanto tempo está envolvido em ações de solidariedade? 
H.A.: Eu exerço funções no C.R.I.A, pertenço ao ministério da educação, estou destacado na área educacional e trabalho, como já disse, com crianças entre os 8 e os 19 anos. O grupo, é um grupo pequeno, de 5 alunos por professor e já lá estou há 6 anos...
  
Quais as razões que o levaram a envoler-se em ações de solidariedade?
H.A.: Eu acho que é sempre uma mais valia trabalhar com pessoas que precisam muito de nós e é uma forma de fazer algo por alguém que não o consegue fazer sozinho.

Na sua opinião, o que é ser solidário? 
H.A.: É ajudar o mais próximo e, neste caso, ajudar quem não tem possibilidade de se ajudar a si próprio.

Qual a importância de ser solidaŕio? 
H.A.: Todos nós vamos precisar de alguém um  dia e quanto mais pessoas nós ajudarmos, será melhor para mais tarde, também sermos recompensados, nem que seja paz de espírito...
  
Como se sente ao ajudar os outros? 
H.A.: Eu acho que qualquer pessoa se sente bem ao ajudar outra, aí está o ser solidário para alguém, no sentido de que ao ajudarmos, sentimo-nos bem connosco próprios.
  
Como se sente ao receber um sorriso de alguém que ajudou? 
H.A.: É ótimo! É sempre muito bom e muito gratificante sentir o “feedback” da pessoa que nós  ajudámos. Principalmente com as crianças com quem eu trabalho, que são crianças que precisam de muita motivação e quando nós vemos que há fruto do nosso trabalho é realmente muito gratificante!
  
Tem alguma história que o tenha tocado especialmente e nos queira contar? 
H.A.: Na nossa atividade tentamos que as crianças tenham o máximo de vivências possíveis e uma história que acontece quase todos os anos é quando as levamos para a praia. Há várias crianças que por diversas razões não podem ir à praia e participar em atividades com a família e é muito bom quando eles vêem o mar e brincam na areia...
  
Alguma vez, alguém que ajudou lhe retribuiu com algum gesto em particular? 
H.A.: Muitas vezes... Um abraço e um sorriso da parte destas crianças, quando estamos em atividades com eles, esse simples olhar é tudo!

O que diria a alguém que recusa ser solidário? 
H.A.: Todos nós precisamos de alguém e as pessoas que recusam ser solidárias, posso dizer que não as compreendo... Mas sinceramente, nem sei o que diria a uma pessoa assim.

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